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ViolĂȘncia contra a mulher cresce 29% no RN no primeiro semestre de 2021



Duas mulheres foram mortas nos Ășltimos quatro dias no estado com os companheiros sendo os principais suspeitos do crime. Outra mulher foi agredida em uma festa de aniversĂĄrio. Anailzy Suany Marques da Costa, de 32 anos, foi morta a facadas na noite desta segunda-feira, 28 Reprodução Anailzy Suany Marques da Costa, de 32 anos, foi morta a facadas na noite de segunda-feira (28) dentro do prĂłprio condomĂ­nio em que morava, em Parnamirim. O principal suspeito do crime Ă© o ex-marido. Maria LetĂ­cia da Costa, de 15 anos, foi morta a tiros no prĂłprio quarto no municĂ­pio de AssĂș, no domingo (27), pelo entĂŁo companheiro, que ainda ligou para a famĂ­lia dela para avisar do crime. NatĂĄlia Abade foi agredida no sĂĄbado (26) com socos e chutes apĂłs uma crise de ciĂșme do entĂŁo namorado em uma festa de aniversĂĄrio em Extremoz. Ela teve, ao todo, 27 marcas de agressĂ”es, segundo exame de corpo de delito. As trĂȘs sĂŁo exemplos recentes da violĂȘncia contra a mulher, que aumentou 29% no primeiro semestre de 2021 no Rio Grande do Norte em comparação com o mesmo perĂ­odo do ano passado. Os dados sĂŁo da coordenadoria de estatĂ­stica da Secretaria de Segurança PĂșblica e Defesa Social (Sesed). Ao todo, atĂ© o dia 13 de junho, o primeiro semestre de 2021 jĂĄ registrava 2.355 casos de violĂȘncia contra a mulher. No ano passado, neste mesmo perĂ­odo, foram 1.814 casos. Apenas no mĂȘs de junho, mesmo antes do fim, a Secretaria de Segurança PĂșblica jĂĄ tem registrado 195 casos de violĂȘncia contra a mulher. Maria LetĂ­cia da Costa, de 15 anos foi morta a tiros pelo marido na cidade de Assu reprodução No caso de Anailzy, ela jĂĄ tinha uma medida protetiva contra o ex-marido, com quem foi casada por 12 anos e estava separada hĂĄ 3 meses. Ela se mudou de SĂŁo TomĂ©, onde morava, para Parnamirim, onde passou a dividir um apartamento com a irmĂŁ e o filho. O ex-marido de Anailzy se mudou para o prĂ©dio hĂĄ 3 semanas. Sem que a ex-mulher soubesse, ele alugou um apartamento ao lado do bloco dela. Ela nĂŁo chegou a comunicar o condomĂ­nio da medida protetiva para que o ex-marido fosse impedido de entrar. Em Extremoz, mulher denuncia agressões de ex-companheiro JĂĄ NatĂĄlia Abade resolveu denunciar as agressĂ”es do entĂŁo namorado para cobrar punição publicamente. Ela fez relatos em redes sociais. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto apĂłs audiĂȘncia de custĂłdia. E ela passou a temer o pior (veja a entrevista acima). VĂ­deo gravado mostra momento em que namorado chuta NatĂĄlia ao colocĂĄ-la dentro do carro - extremoz grande natal RN Reprodução Lei Maria da Penha O instrumento jurĂ­dico mais forte para garantir Ă s mulheres proteção contra violĂȘncia domĂ©stica Ă© a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha. Promotora explica a importĂąncia das medidas protetivas A lei estabelece que as mulheres devem denunciar os agressores ao primeiro sinal de violĂȘncia domĂ©stica e estabelece medidas legais para proteção, como a medida protetiva, que garante uma distĂąncia mĂ­nima entre o agressor e a vĂ­tima. Casos de descumprimento podem gerar prisĂŁo de atĂ© 3 anos. Em flagrante, o crime Ă© inafiançåvel. "A lei Maria da Penha Ă© extremamente efetiva, ela funciona. Aqui em Parnamirim, nĂłs instauramos quase 600 inquĂ©ritos policiais por ano, encaminhamos diversas medidas protetivas e encaminhamos mulheres para a casa abrigo", explicou a delegada Luana Faraj, da Delegacia Especializada em Atendimento Ă  Mulher (DEAM), que atua na investigação da morte de Anailzy. Delegacia Especializada no Atendimento Ă  Mulher (DEAM) Parnamirim SĂ©rgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi A delegada reforça, no entanto, que as mulheres devem manter sempre a situação atualizada e comunicarem qualquer descumprimentos das medidas protetivas, por exemplo. "Ás vezes as mulheres se retratam, pedem desistĂȘncia das medidas protetivas e nĂŁo informam os descumprimentos dessas medidas. EntĂŁo, essas medidas precisam ser cumpridas de forma integral, tanto pelos agressores, como pelas mulheres tambĂ©m", diz. Veja os vĂ­deos mais assistidos do G1 RN


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