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Empresa compradora do Polo Potiguar apresenta plano de investimentos de R$ 7,3 bilhões no RN: 'Foco em retomar produção'



3R Petroleum estima geração de aproximadamente 5 mil empregos ao longo dos próximos anos no estado. Ricardo Savini, presidente da 3R Petroleum Igor Jácome/g1 A empresa brasileira 3R Petroleum, que assinou a compra do Polo Potiguar à Petrobras, anunciou investimentos de R$ 7,3 bilhões até 2032 na produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (17). O presidente da companhia, Ricardo Savini, ainda estimou a geração de aproximadamente 5 mil empregos ao longo dos próximos anos. No período, a empresa prevê reativação de 616 poços, perfurações de mais de 1,6 mil poços e mais de mil ações de workovers - operações para retomar ou melhorar a produção dos poços maduros no polo potiguar e em outros ativos já adquiridos no estado. O objetivo é mais que dobrar a produção atual da Petrobras, de cerca de 21 mil barris por dia. Com o fechamento do negócio, que só aguarda parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a Petrobras anunciou que deve deixar o estado até o primeiro trimestre de 2023. Confira a entrevista com o diretor da 3R Petroleum, Ricardo Savini g1 RN - Qual a perspectiva da empresa no Rio Grande do Norte? Como está o processo de transição com a Petrobras até o momento? Ricardo Savini - Bem, primeiro a gente já opera aqui no estado. Desde maio de 2020, no Polo Macau, onde a gente investiu US$ 190 milhões. Mas agora fizemos a aquisição do maior polo, que é o Polo Potiguar, que inclui alguns dos maiores campos terrestres do Brasil e o ativo industrial de Guamaré. Essa aquisição foi de um US$ 1,385 bilhão de dólares. A gente pagou um pedaço e entra no período de transição com a Petrobras, que estamos começando. A gente espera concluir essa transição até o final de dezembro ou primeiro trimestre do ano que vem, quando a 3R passaria a ser o operador formalmente. O senhor disse que a 3R começou produzindo no estado em Macau. Houve um aumento da produção aqui no estado nesse primeiro polo e quais perspectiva pra esse novo? Ricardo Savini - Sim, a gente está muito satisfeito com a nossa performance operacional. A gente já cresceu a produção algo entre 60% e 70% em relação ao que a gente encontrou nos campos sob operação da Petrobras. E o que nós estamos fazendo é um aumento essencialmente operacional, a gente nem começou ainda a perfurar, que é algo que a gente vai começar agora no segundo semestre, que é a estratégia clássica de revitalização de campos maduros. A gente começa a perfurar nesse final de ano e vamos passar alguns anos perfurando tanto no Polo Macau quanto no Polo Areia Branca, lá próximo da cidade, que a gente já está operando também já há alguns meses. E nos demais polos aqui do estado. Ainda temos Pescada e Arabaiana também. A gente está muito bem posicionado. Com o Polo Potiguar a gente vai ter cerca de 70% ou 80% da produção do estado. Isso é uma preocupação grande da sociedade potiguar como um todo, com postos de trabalho, mão de obra local, desemprego, desinvestimento. O que o senhor diria para a população? Ricardo Savini - A gente entende a ansiedade. A Petrobras tomou a decisão de vender esses ativos há alguns anos e o processo de desinvestimento leva um tempo, é normal, de uma empresa vender ativos, outras empresas comprarem, entre elas a 3R. E é um tempo em que o antigo operador deixa de investir. Por razões de que ele não consegue recuperar o capital que ele teria aplicado nos últimos anos. E nós estamos começando. Então a gente entende o o baque econômico, especialmente nas cidades com longa tradição petrolífera, como aqui em vários municípios do estado do Rio Grande do Norte. Mas a gente vem com foco de retomar a produção, revitalizar esses campos. São os nossos 3 'Rs', redesenvolver, revitalizar, repensar os campos petrolíferos. A gente vem com um plano de investimentos muito forte. Só pra adquirir os ativos no Rio Grande do Norte, no Espírito Santo, na Bahia, na Bacia de Campos, nós pagamos pagamos ou nos comprometemos a pagar US$ 2 bilhões para a Petrobras. Então é um investimento muito forte e quem faz esse investimento não é com a com a visão de não investir na recuperação e no incremento de produção e reserva dos campos. A gente vai investir e eu acho que eu posso falar pelas nossas coirmãs. Várias outras empresas estão se posicionando da mesma forma. Todos com com esse DNA de de investimento. Normalmente essas produtoras independentes trabalham com produção de petróleo e gás. Mas no caso aqui vocês estão comprando uma refinaria, que é a Clara Camarão. Vocês pretendem trabalhar também com o refino? Como é que a está se adequando a essa a essa realidade? Ricardo Savini - O Polo Potiguar inclui o maior campo de terra do Brasil, que é Canto do Amaro, inclui os maiores campos de óleo pesado do Brasil, tem o ativo industrial de Guamaré, que tem um grande parque de tanques, uma vantagem muito grande. Tem um porto, um terminal, tem as unidades de gás natural, as únicas aqui do estado, e tem a refinaria de Clara Camarão, que está completamente integrada numa simbiose perfeita com os ativos de exploração e produção. Mesmo na Petrobras, a Claro Camarão sempre foi ou quase sempre foi administrada pelo E&P (Exploração e Produção). A 3R é uma empresa de E&P e a Clara Camarão faz parte da nossa estratégia. A gente vai suceder a Petrobras seguindo o mesmo modelo de negócio que a Petrobras tem. São 40 mil barris de capacidade de processamento de derivados e a gente vai produzir isso e talvez até mais. Então a gente está muito tranquilo com a Clara Camarão. O aumento de produção de alguma forma pode impactar a médio, longo prazo ou até curto prazo no preço do combustível que se consome do Brasil? Ricardo Savini - Eu diria que não tem relação. Nós somos produtores de óleo cru. Esse óleo é uma commodity global, que a precipitação é feita a nível mundial. Os derivados dependem dos mercados locais, regionais e dependem das unidades de refino. Então a gente vende o óleo cru até até hoje, aqui, para a própria Petrobrás, que refina na refinaria de Clara Camarão. A gente vende pelo preço do mercado internacional. Então não tem impacto na no preço do derivado. Qual estimativa de empregos gerados para o Rio Grande do Norte nos próximos anos? Ricardo Savini - A estimativa de emprego a gente ainda não tem codificado exatamente, mas nós estamos falando de milhares de empregos entre diretos e indiretos. Estamos falando entre quatro, cinco mil empregos. Claro que muitos desses empregos atualmente existem. Mas nós vamos ativar diversas sondas de perfuração, diversas sondas para reabilitação de poços existentes. E a gente vai gerar milhares de novos empregos. A gente fazer essa quantificação mais precisa no segundo semestre, quando a gente terminar o nosso planejamento do Polo Potiguar. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN


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