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Justiça manda soltar PM preso por suspeita de envolvimento na morte do jovem Gabriel



Habeas Corpus em favor do sargento da PM, de 32 anos, foi concedido na última quinta-feira (10). Giovanne Gabriel de Sousa foi morto aos 18 anos de idade, em junho de 2020, após ser confundido com um ladrão. Gabriel foi morto em junho de 2020 após se confundido com um assaltante Cedida pela família A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou a soltura do policial militar apontado como mandante do homicídio de Giovanne Gabriel de Sousa. O jovem foi morto aos 18 anos de idade, em junho de 2020, após ser confundido com um ladrão. O Habeas Corpus em favor do sargento da PM, de 32 anos, foi concedido na última quinta-feira (10). No dia seguinte, a 1ª Vara Criminal de Parnamirim foi comunicada do fato e determinou a expedição do alvará de soltura; o que, de acordo com o Processo Judicial Eletrônico (PJe), ainda não havia sido cumprido até o fim da manhã desta segunda (14). Com a decisão, a prisão preventiva do PM passa a ser substituída por medidas cautelares. Dentre elas, o réu deverá se apresentar bimestralmente à Justiça para informar e justificar as atividades dele. Ele fica proibido de se aproximar do 8° Batalhão da Polícia Militar, situado em Goianinha, onde trabalhava na época do crime. E fica também proibido de se aproximar dos demais réus e testemunhas do processo. O PM também não pode se ausentar da Comarca de Parnamirim. Prisões Ao todo, quatro policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento na morte do jovem Gabriel. De acordo com a Polícia Civil, Giovanne Gabriel de Sousa foi morto por policiais após ser confundido com um assaltante. Após o roubo de um carro em Parnamirim, a PM foi acionada para tentar recuperar o veículo. O dono do carro roubado é irmão de um dos policiais militares suspeitos. Gabriel estava na região e foi abordado por uma viatura do 3º Batalhão e liberado em seguida. Mas foi abordado logo depois por policiais do 8º Batalhão. De acordo com a Polícia Civil, Gabriel chegou a informar aos policiais que já havia sido liberado pela outra viatura, mas, mesmo assim, o jovem foi colocado na mala do veículo, sendo este o último momento em que foi visto com vida. As investigações apontam que os três policiais executaram a vítima e se deslocaram até o município de São José do Mipibu, onde deixaram o corpo, que foi encontrado no dia 14 de junho, em uma região de mata na comunidade Pau Brasil, a 30 km de Natal e a 20 km de Parnamirim. De acordo com as investigações, os três cabos que estavam na viatura, desde o momento que abordaram o jovem Gabriel, mantiveram um estreito processo de comunicação com o sargento, irmão da vítima do crime de roubo em Parnamirim. Relembre o caso Gabriel deixou a casa onde vivia com a mãe, a irmã e o padrasto, no bairro Guarapes, na manhã do dia 5 de junho de 2020 para ir de bicicleta à casa da namorada em Parnamirim, na Grande Natal. Ele fazia o trajeto em cerca de uma hora, mas sumiu antes de chegar ao destino. A namorada de Gabriel ligou preocupada para a mãe dele. Desde então o jovem não foi mais visto. Familiares e amigos iniciaram a busca por Gabriel e chegaram a encontrar suas sandálias e a bicicleta em uma área de vegetação em Parnamirim. O corpo foi encontrado no dia 14 de junho com perfurações no crânio, provavelmente provocadas por arma de fogo, e com braceletes de plástico presos nos pulsos, de acordo com a perícia inicial do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Um dia depois, amigos e familiares saíram em caminhada segurando cartazes e faixas com as mensagens "Quem matou Gabriel?", "Queremos justiça", "Vidas negras importam" e "Todos por Gabriel". Gabriel era estudante e sonhava em ser militar. Ele também fazia um curso de informática na Cidade Alta em Natal e trabalhava fazendo bicos de manutenção, pintura, limpeza e encanação com o padrasto em Parnamirim, na Grande Natal.


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