Ministério Público do Rio Grande do Norte fala em 'omissão' do município na administração das lagoas. Ações foram movidas em 2011 e 2020. Na avenida Ayrton Senna, uma das principais da zona Sul, o tráfego ainda está comprometido após lagoa de captação transbordar. Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi Os transtornos causados pelo transbordamento de lagoas de captação, como os que aconteceram no início de julho, são alvo de duas ações abertas pelo Ministério Público contra a prefeitura do município em 2011 e 2020. Os promotores afirmam que há "omissão" do poder público nos serviços de limpeza nesses equipamentos. A situação foi acarretada pelas grandes chuvas que caíram em Natal no início do mês. Em alguns pontos da capital, como na avenida Ayrton Senna, a água permanece no local, interditando o que é uma das principais vias da zona Sul de Natal. Em novembro de 2020, a Justiça potiguar determinou que o município apresentasse um plano de manutenção anual das lagoas de drenagem. O poder público recorreu da sentença alegando que é responsabilidade da administração estabelecer suas prioridades e destacou que medidas têm sido feitas para destinar as águas de chuva da capital. LEIA MAIS RN tem 21 municípios em estado de emergência e 126 mil pessoas afetadas pelas chuvas Governo Federal reconhece situação de emergência pelas chuvas em quatro cidades do RN De acordo com a promotora Gilka da Mata, providências serão cobradas junto ao poder público posteriormente. "Vamos cobrar o poder público após passar o período chuvoso, porque com as lagoas cheias, nada pode ser feito", afirma. Sistema As lagoas de captação da capital são interligadas em 85 bacias e sub-bacias, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). De acordo com Carlson Gomes, titular da pasta, o que houve foi uma saturação do lençol freático para onde era destinada a água. "Aconteceu de drenarmos a água e ela voltar a superfície posteriormente", afirmou o secretário. Trecho da rota do sol ficou alagado após lagoa de dejetos transbordar; tráfego na região foi retomado Pedro Trindade/Inter TV Cabugi A bacia do Salgadinho, foi uma das que não suportou tanta água e acabou causando problemas em várias lagoas de captação do mesmo sistema, como as lagoas do conjunto Jiqui (Ayrton Senna), de Ponta Negra e a lagoa de dejetos da Rota do Sol, utilizadas pela Caern. Em licitação, o município contratou uma empresa para garantir a manutenção do sistema de drenagem da capital ao custo de R$ 3,5 milhões anuais. A verba é utilizada na manutenção mensal das lagoas, negociação de equipamentos como bombas e equipamentos de manutenção preventiva. No entanto, diante do quadro atual, a Seinfra acredita que para que novas ações sejam feitas, é preciso mais recursos financeiros. Uma aposta é um projeto enviado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), para o investimento de R$ 156 milhões que seriam utilizados na urbanização de 36 lagoas da capital potiguar. O projeto, contudo, ainda não foi aprovado. Vídeos mais assistidos do g1 RN
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