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Defesa Civil registra 1,3 mil desabrigados e 73 mil afetados por enchentes no Rio Grande do Norte



Estado também contabiliza 1,3 mil pessoas desalojadas até este sábado (9). Governo reconheceu situação de emergência em 16 municípios. Cheia de rio destruiu estradas que dão acesso a comunidades de Pedro Velho, RN Hudson Hélder/Governo do RN O Rio Grande do Norte tem 1.314 pessoas desabrigadas pelas chuvas que ocorrem desde o dia 1º de julho e que se intensificaram entre a quinta (7) e esta sexta-feira (8). O estado já reconheceu situação de emergência em 16 municípios. Segundo os dados divulgados pelo governo do estado na manhã deste sábado (9), o estado também contabiliza 1.354 desalojados e mais de 73 mil afetados por enchentes e seus efeitos até o fim da tarde de sexta-feira (9). Em um período de 24 horas, entre a quinta e a sexta-feira, o setor de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) relatou a ocorrência de chuvas em mais de 100 municípios, atingindo com mais intensidade o Agreste e o Litoral. Em Nova Cruz, o volume de chuvas acumuladas desde o início do ano já superava 1.000 milímetros, colocando o município no grupo em que o inverno é classificado como “muito chuvoso”. Mas a cheia do Curimataú, dizem moradores, foi provocada pelas chuvas na cabeceira do rio, que nasce na serra do Cariri Velho, no município paraibano de Barra de Santa Rosa, entra no Rio Grande do Norte por Nova Cruz e deságua no mar em Barra do Cunhaú, no município de Canguaretama. LEIA MAIS Governo decreta emergência em 15 cidades por causa das chuvas no RN; estado tem 3 mil desalojados Após fortes chuvas, rio transborda e ruas e casas ficam alagadas em Canguaretama: 'Não sei como recomeçar', diz moradora Vídeo: BR-101 é interditada no sentido de Natal a João Pessoa após rio transbordar Piso de Camelódromo do Alecrim cedeu e boxes foram interditados 'Perdemos tudo, chegou a hora de pedir socorro', diz moradora de Barreta Rompimento de estação de esgoto causou prejuízos na Grande Natal Mais de 900 pessoas afetadas por alagamentos em Touros, aponta Defesa Civil Moradores interditam avenida após alagamentos em Emaús Técnicos foram enviados a Nova Cruz e Pedro Velho para avaliação da extensão dos problemas e atendimento às populações que ficaram ilhadas em suas comunidades. O Curimataú transbordou deixando famílias desabrigadas em Nova Cruz, Pedro Velho e Canguaretama. "Em Nova Cruz a comunidade do Bajuri ficou ilhada. O Corpo de Bombeiros está levando alimentos para os moradores dos locais mais afastados, onde não há acesso por terra. Na sede do município foi aberto um abrigo na escola municipal Nestor Marinho. “Estamos de prontidão, orientando as pessoas a não tentar atravessar o rio. Essa é nossa principal preocupação no momento", afirmou Jorimar Gomes, técnico da Defesa Civil do Estado. Famílias sendo transportadas em caminhão em Canguaretama Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi Na escola, salas de aula foram transformadas em abrigo provisório para 25 moradores, a maioria crianças e adolescentes, da Rua Campo Santo, no Centro. Eles tiveram que sair de casa na noite de quinta-feira (7), quando as águas começaram a subir. Em Pedro Velho, a cheia do Rio Curimataú e de dois de seus afluentes - Pirari e Tamatanduba - deixaram nove comunidades completamente isoladas. As águas danificaram estradas vicinais impedindo o acesso de carros e dos ônibus que fazem o transporte de estudantes da área rural para a cidade. Dois desses pontos - os acessos a Três Aroeiras e a Arisco foram visitados pela Defesa Civil estadual. Em Três Aroeiras, vivem 70 famílias; no Arisco, 15. A prefeitura está fazendo um levantamento do número total de desabrigados. Neste sábado, uma equipe do Corpo de Bombeiros deverá ser enviada ao município com ações humanitárias de atendimento e distribuição de alimentos aos desabrigados. Equipes usam botes para levar cestas básicas a comunidades ilhadas em Nova Cruz, RN Defesa Civil/Divulgação "Pedro Velho tem uma situação parecida com à de Nova Cruz porque também é banhando pelo Rio Curimataú", disse Jorimar. A prefeita Francisca Edina Lemos decretou calamidade pública e criou um comitê de crise para supervisionar e monitorar os impactos provocados pelas chuvas no município. Foram 330 milímetros nos sete primeiros dias de julho, segundo a Emparn. Em ofício encaminhado ao Gabinete Civil do Estado, a prefeita pede apoio. “As comunidades do Recreio, Porteiras, Cuité dos Crentes, Cuité da Rua, Piscina, Nova Descoberta, Chique-Chique, Casaca, Tamatanduba, Arisco, Estrada Nova Mucurí, entre outras, encontram-se sem quaisquer condições de tráfego”, diz. Situação de emergência No início da tarde de sexta-feira (8), o governo anunciou que decretaria situação de emergência em 14 municípios do Rio Grande do Norte. Às 14h30, o dado foi atualizado para 15 municípios. No entanto, o decreto publicado em uma edição extra do Diário Oficial trouxe 16 cidades. São as cidades em situação de emergência: Natal Ceará-Mirim São Gonçalo do Amarante Macaíba Parnamirim Nísia Floresta Extremoz Touros Nova Cruz Canguaretama Montanhas Várzea Espírito Santo Pedro Velho Tibau do Sul Ielmo Marinho Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN


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