Confusão aconteceu após demora de mais de 6 horas para atendimento na unidade de saúde. Envolvidos foram liberados da delegacia após assinar termo circunstanciado de ocorrência. Paciente de UPA disse que foi agredido por médico. Profissional disse que tentou conter homem, que estaria agressivo. Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi Um médico e um paciente foram parar na Central de Flagrantes da Polícia Civil em Natal, na noite de terça-feira (5), após troca de agressões na Unidade de Pronto-Atendimeto (UPA) do conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul da capital potiguar. O paciente disse que foi agredido. Já o profissional de saúde alegou que precisou conter o homem, que estava alterado e o agrediu. O caso teria acontecido após o paciente reclamar, por esperar mais de seis horas pelo atendimento. O paciente contou que chegou às 14h com febre, tosse e sintomas gripais e teve uma discussão com o médico e com a equipe da unidade de saúde ao procurar saber o motivo da demora. "Como, direito eu fui saber porque estava demorando, porque tinha muita gente passando na minha frente, e perguntei por minha ficha que estava na mesa, que eu tinha deixado lá. Se reuniram, foram procurar minha ficha e acharam já, numa situação, como se eu saísse de lá só amanhã. Reclamei, porque eu não estava sendo atendido e porque minha ficha estava sendo passada. E fui muito educado", declarou o homem, que pediu para não ser identificado. Ainda de acordo com o paciente, uma servidora disse que ele era o próximo da fila, mas o médico disse que não. "Eu disse: se tiver passando pessoas idosas, prioridade, pode continuar com o atendimento. Mas não tinha", argumentou. O homem ainda alegou que ficou na porta do consultório, para ser atendido, depois que a atendente afirmou que ele era o próximo. "Ele soltou a prancheta lá dentro e veio na minha direção. O médico bateu nos meus peitos com as duas mãos. Cai por cima de pessoas que estavam sentadas esperando atendimento lado de fora e por cima de uma paciente que tinha acabado de chegar com o Samu. Ele me pegou pelo pescoço, me estrangulou de frente, me pegou de frente e tirou meus pés do chão", relatou. Na delegacia, o homem mostrou o pescoço ferido ao delegado de plantão. O secretário de Saúde de Natal, George Antunes, e a secretária adjunta, Rayane Araújo, foram à delegacia conversar com o médico e com o delegado de plantão. Na saída do local, o secretário contou a versão que ouviu do profissional de saúde da UPA. Secretário de Saúde de Natal, George Antunes, foi à delegacia e apresentou versão do profissional. Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi "Ele disse que o paciente estava alterado, tumultuando lá dentro, peitou, teve o contato corporal com ele duas vezes, afrontou de novo, bateu nele, empurrou, e ele teve que conter o paciente. Vai ser encaminhado agora para a Justiça, já que houve um desacato e uma tentativa de agressão a um profissional em serviço", declarou Antunes. O paciente e o médico foram ouvidos e liberados da delegacia após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência na Central de Flagrantes. O caso foi registrado como desacato. O secretário George Antunes tentou justificar a demora no atendimento aos pacientes, que motivou a confusão. "Existe uma classificação de risco nas unidades de urgência e emergência que classifica os pacientes como vermelho, amarelo, verde e azul. Ele era um paciente azul, então ele deveria esperar sim, como todos esperam. Igual a ele, possivelmente, deveria ter mais um monte de gente esperando, e ninguém fez esse tumulto nem agrediu ninguém", disse. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN
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