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Polícia diz que envolvidos em ataques no RN davam ordens de dentro de presídios de outros estados



Desde terça (14), 45 cidades foram alvo de ataques a veículos, prédios públicos e comércios no Rio Grande do Norte. Ataques no RN: Prédio que armazenava remédios da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante foi incendiado Neto Pires Pelo menos três suspeitos de envolvimento nos ataques criminosos no Rio Grande do Norte, desde a última terça-feira (14), determinavam as ações de dentro de celas de presídios em outros estados da região Nordeste, segundo informou a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. O RN chegou ao quarto dia consecutivo de ações criminosas, nesta sexta-feira (17). A Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado divulgou a identificação de três suspeitos de envolvimento nos ataques - um na Bahia e dois na Paraíba. Na terça-feira (14), um suspeito que estava detido na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, foi transferido para um presídio federal. Segundo a polícia, Judson Bezerra Araújo Batista, conhecido como “Bebezão”, cumpre pena no estado da Bahia. Durante uma busca, realizada em sua cela pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, foram encontrados e apreendidos dois aparelhos celulares. Ele foi transferido na quinta-feira (16) para uma unidade de segurança máxima. Segundo a Polícia Civil, os celulares eram "utilizados por ele para ordenar ataques". Outro suspeito identificado, Igor Rodrigo de Oliveira Cavalcanti Coelho, conhecido como “Igor Latrô”, cumpre pena no município paraibano de Campina Grande e também ordenou ataques praticados no RN, segundo a polícia. Erick Silva de Santana, conhecido como “Neymar do Morro”, também cumpre pena na Paraíba e utilizava um aparelho celular para contatar, integrantes da organização criminosa que atuam no bairro Mãe Luiza, na Zona Leste de Natal. Segundo a Polícia Civil do RN, tanto Igor Rodrigo como Erick Silva foram colocados em isolamento, no sistema prisional da Paraíba. Uma operação da polícia cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão, na manhã desta sexta, na Grande Natal, contra integrantes da facção suspeita de organizar os ataques. Ataques Ataques no RN: Vídeo mostra destruição causada por incêndio em depósito de medicamentos Desde terça-feira (14), 45 cidades foram alvo de ataques criminosos no Rio Grande do Norte. Pelo menos 72 pessoas foram presas, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Entenda o que pode estar por trás dos ataques Autoridades de segurança apontam aliança de facções rivais A sede da Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, foi incendiada na madrugada desta sexta-feira (17), quarto dia de ataques no Rio Grande do Norte. O local mais atingido foi o depósito de medicamentos que ficou destruído. A Prefeitura calcula um prejuízo de mais de R$ 10 milhões só em remédios. "Aqui estavam todos os medicamentos do município para as unidades básicas de saúde. Isso não é um ataque a uma pessoa, é um ataque a toda uma população que precisa desses remédios", disse o prefeito Eraldo Paiva. Casos nesta sexta Por volta de 1h20, em São Miguel do Gostoso, dois ônibus foram queimados na garagem de uma empresa privada. Criminosos queimaram pneus e fecharam a BR-101 durante a madrugada na altura de Canguaretama. Um galpão de reciclagem da cooperativa de Arez também foi incendiado. Para apagar as chamas foi usados o carro pipa de uma usina. Incêndio na garagem do destacamento da PM de São Vicente, RN Em São Vicente, cidade a 200 quilômetros da capital, a garagem do destacamento da Polícia Militar foi incendiada. Um ônibus escolar ficou completamente destruído em Pedra Preta após ser incendiado. Lajes, Arez, Campo Redondo e Montanhas também registraram ataques nesta madrugada. Alianças Autoridades ligadas ao Ministério da Justiça e ao governo do Rio Grande do Norte apontam que duas facções rivais se aliaram --em uma trégua temporária-- nos ataques no estado. O gatilho para os ataques, segundo informações do governo federal, foi a transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime, principal facção no Rio Grande do Norte. Informações da área de inteligência do governo já apontavam a possibilidade de retaliação depois da transferência. O Primeiro Comando da Capital (PCC) disputa com a facção as rotas internacionais de cocaína pra Europa a partir do Rio Grande do Norte. A facção, originada em presídios de São Paulo, viu na ação uma oportunidade de reivindicar melhorias nas condições do sistema prisional --houve protesto de familiares em frente a presídios, por exemplo. As duas facções estavam rompidas desde 2017, quando elas se enfrentaram em uma batalha campal dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz; na ocasião, 27 pessoas morreram, na maior e mais violenta rebelião do estado. De 2012, quando a facção potiguar surgiu, até 2016, a convivência entre as duas organizações criminosas foi pacífica. Ataques no RN: Incêndio em galpão de cooperativa de reciclagem em Arez, RN Redes sociais Ataques no RN: Criminosos ateeram fogo em pneus durante a madrugada na BR-101 em Canguaretama Cedida Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN


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