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Concurso da Polícia Militar do RN é suspenso por decisão judicial



Decisão da juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz atendeu ação do MP que apontou ausência de redação na primeira etapa do concurso, o que é obrigatório pela legislação estadual. Turma de 2021: Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte formados no ano anterior Governo do RN/Divulgação O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) suspendeu temporariamente neste sábado (20) o concurso de praças da Polícia Militar. A decisão foi da juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz, atendendo um ação civil pública do Ministério Público do RN (MPRN) com pedido de tutela antecipada. O concurso tinha previsão para realização dos exames de habilidade musical neste domingo (21) e exame de avaliação de condicionamento físico para começar na segunda-feira (22). Em nota publicada nas redes sociais, a Polícia Militar do RN confirmão a suspensão das etapas e disse que "ao longo da semana passará mais informações acerca da decisão e das medidas a serem adotadas". Na ação, o MP aponta o fato de o edital do concurso público para praças da PM não observar as leis estaduais que estabelecem a obrigatoriedade de prova de redação na primeira etapa do certame. A decisão da juíza cita que a norma vigente estadual "estipula como obrigatoriedade do certame público desempenho em provas objetivas e/ou escritas mais redação, mais capacidade física, de forma a garantir o preparo técnico dos candidatos para o exercício da função pública, proporcionando assim à administração pública a aferição, qualificação e seleção dos candidatos mais capazes a exercer as suas respectivas funções". A juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz reforçou na decisão que as essa provas "são etapas cumulativas e obrigatórias do certame" e que observa "a ausência de previsão de aplicação de prova de redação". A decisão expedida pelo TJRN cita ainda que "o edital nada dispôs sobre cobrança e aplicação de prova de redação, sendo esta uma das etapas obrigatórias para o ingresso na carreira pretendida" por força da legislação estadual. "A lei fixa critérios objetivos e quantitativos para selecionar à fase seguinte do certame aqueles candidatos melhores colocados e, portanto, por presunção, mais aptos ao desenvolvimento da função pública. Desse modo, inexistindo a previsão de prova de redação, não há condições do prosseguimento do certame, pois, a sua realização implicará na mudança da ordem dos classificados e até mesmo de quem estará apto as etapas seguintes", concluiu a juíza. O concurso O concurso, que teve o edital publicado em janeiro deste ano, é para provimento de 1.128 vagas para ingresso no Curso de Formação de Praças (CFP) e 30 vagas para ingresso no Curso de Formação de Praças Músicos (CFP – Mus). Ele é realizado por intermédio do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). A prova objetiva foi aplicada em 16 de abril, com resultado definitivo divulgado no último dia 15 de maio, mesma data em que os candidatos foram convocados para o exame de habilitação musical (aluno músico) e o exame de avaliação de condicionamento físico (aluno músico e aluno soldado). Os exames seriam realizados de domingo (21) até o dia 31. Vídeos mais assistidos do g1 RN


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